sábado, 11 de setembro de 2010
Esta semana visitei a Feira do Empreendedor do Sebrae-RS (http://www.feiradoempreendedor-rs.com.br/) e vou reproduzir aqui uma das anotações que fiz durante as palestras que assisti.


Palestra sobre Franquias
Fernando Perry - Vivenda do Camarão
Dicas para ser um empresário de sucesso:
1) Marque a vida com propostas. Mesmo se muitas não derem certo, continue criando propostas.
2) Delibere. Converse sobre o assunto, tenha prudência antes de executar.
3) Seja decidido. Não teimoso, mas decidido.
4) Aja. Ponha em prática as suas idéias inovadoras.

 Aspectos de um bom empreendedor:
  • Esforço
  • Economia
  • Coragem
  • Inteligência
Outras dicas avulsas:
  • Não se deixe contaminar pelo meio. "Se todo mundo faz, por que eu não posso?" é um pensamento que deve ser repudiado
  • Brasileiro só reclama das falcatruas quando não está envolvido, quando não está tirando proveito. O empreendedor de sucesso deve ser um exemplo de conduta. Sucesso não é dinheiro, é ser feliz. (E segundo Warren Buffet, sucesso é ser amado pelas pessoas que você quer que o amem)

Alexandre Pereira - Via Uno
Quem pensa em abrir uma loja precisa gostar mais de gente do que dos produtos que vende.


Palestra sobre Empreendedorismo na Era Digital
Gil Giardelli
  • As pessoas passam hoje em média 1,5 horas na frente da TV e 3,5 horas na internet.
  • Redes Sociais são Redes de Reputação
  • As pessoas viverão em média 100 anos e terão 3 carreiras ao longo da vida
  • Se dêem a chance de fazer coisas que podem acabar amanhã. Permita-se errar
  • As pessoas lêem porque um dia querem escrever
  • Para ter sucesso em um empreendimento digital é preciso ter os 4Cs:
    • Conteúdo
    • Colaboração
    • Comunidade
    • Comércio
  • A era digital marcou o fim da intermediação

"Não use velhos mapas para descobrir novas terras"

Silvio Meira
  • "Quem faz plano de negócio é Petrobrás. Empreendedor digital precisa responder apenas às perguntas: Qual o modelo do meu negócio? Qual problema eu quero resolver?"
  • "É muito fácil ter idéia. Mas quando a pessoa descobre que é difícil executar, desiste e pula pra próxima. Empreendedor é quem coloca as idéias em prática"
  • "Daqui a 15 anos todos terão coisas programáveis (se referindo a smartphones, onde citou que possuía dois celulares com Android). As quatro palavras chave são: Conectividade, Digital, Móvel e Programável"
Assisti ainda palestras sobre Nota Fiscal Eletrônica e Fluxo de Caixa, além de conversar com diversos expositores.

Na feira, além de um centro de atendimento do Sebrae, havia seções de stands sobre franquias, equipamentos, representações, produtos ecológicos e uma seção exclusivamente destinada a Softwares, onde mantive bons contatos.

No dia 11, assisti uma palestra sobre o Empretec (http://empretec.sebrae.com.br/), onde o que mais me chamou a atenção foi a colocação de que quanto mais empresas um país tem, mais rico ele é, e vice-versa.

No mesmo dia, a palestra "Atitude ou nada", do Steven Dubner (http://www.stevendubner.com.br/), emocionou e contagiou muitos empreendedores presentes ao falar do seu trabalho com deficientes físicos e mentais em todo o mundo.

Steve mostrou uma série de vídeos contando a história de diversos exemplos em superação, coragem e atitude perante as dificuldades.

Para finalizar, o ótimo show do Jair Kobe, o Guri de Uruguaiana, onde ele envolve o público com seus causos gauchescos e apresenta diversas versões para a música "Canto Alegretense". Imperdível. Abaixo um vídeo sobre o show:


Leia outros artigos no site oficial do evento: http://www.feiradoempreendedor-rs.com.br/
Artigo publicado no Jornal Hoje de Montenegro-RS

A historia do jogo Tetris


Estes tempos assisti um documentário no canal Management TV (54 da Sky) falando do jogo Tetris, famoso no final dos anos 80 e início dos 90, onde o objetivo é encaixar os blocos de diferentes formatos e cores que caem na tela formando linhas de cores iguais para que os blocos desapareçam. O jogo acaba quando algum bloco encostar no topo.

Tetris foi um sucesso, vendeu milhões de cópias no mundo inteiro, mas seu criador, o russo Alexey Pajitnov, pouco viu do dinheiro gerado. Isso se deu porque na antiga União Soviética os direitos de propriedade intelectual pertenciam ao governo na época, portando, era compartilhado com todos, e se alguém tentasse comercializar teria sérios problemas, podendo acabar preso. O jogo foi criado no Centro de Computação de Moscow, onde entre outras coisas, Pajitnov criou algoritmos para calcular a trajetória dos satélites Sputnik. Os colegas de Pajitnov passavam horas jogando, pois era diferente dos jogos americanos, repletos de tiros e explosões. O autor coloca que o jogo era estimulante, pois o que ficava na tela eram erros, ou seja, blocos que não haviam sido encaixados corretamente, e os jogadores queriam consertá-los.

Robert Stein, da Andrômeda Software, fazia fortuna comprando software na Hungria e revendendo na Inglaterra. Como o Tetris era copiado de disquete em disquete livremente na época, logo chegou às suas mãos e lhe fascinou. Stein entrou, então, em contato por Telex com Pajitnov lhe oferecendo alguns milhares de dólares pelos direitos. Pajitnov achou irrelevante, pois jogos não eram seu foco, estava preocupado com questões mais importantes, mas respondeu que achou a idéia interessante e que poderiam evoluir o assunto. Stein entendeu que a proposta havia sido aceita e passou a negociar os direitos com a Microsoft para produzir o jogo para PC. Uma campanha de marketing anunciava em jornais e revistas o lançamento do jogo quando Stein recebeu um contato de um representante da Elrog, única organização governamental soviética autorizada a vender software para o exterior, e foi comunicado que o que estavam fazendo era ilegal: não poderiam negociar direto com o criador. Stein, então, conseguiu os direitos por 10 anos em uma reunião na Elrog que o mesmo caracteriza como um interrogatório.

Em 1988 os consoles de videogame já faziam muito sucesso, e a Microsoft e suas sócias na Inglaterra e EUA fecharam um acordo com a Atari para que ela produzisse o jogo para consoles. Em seguida, foram iniciadas negociações com a japonesa Nintendo, através de Henk Rogers, da empresa Bullet Proof. Stein negociava com a Microsoft e Nintendo, e no meio de impasses relacionados à assinatura de contratos e pagamentos vencidos, Henk se deslocou a Moscow para conseguir os direitos do Tetris para o Game Boy da Nintendo, que seria lançado em breve com o jogo Tetris no pacote. Na reunião de Henk com o representante da Elrog, constataram que haviam cedido os direitos apenas para PC a Stein, e que todo a negociação da Microsoft com a Atari era inválida. Sem saber do contato de Henk com a Elrog, Stein assinou uma alteração no contrato onde foram inseridas cláusulas que deixavam clara a licença apenas para PCs e foram estipuladas multas por violações e atrasos nos pagamentos.

Henk fez amizade com o criador, Pajitnov, e acabou conseguindo os direitos exclusivos para console para a Nintendo, o que causou um choque na Atari e suas parceiras no negócio. Atari processou a Nintendo, pois já tinha produzido milhões de cópias dos cartuchos, mas perdeu, e o Tetris foi o ponto chave no sucesso do Game Boy.

E o autor? Não recebeu sequer um centavo até 96, quando o contrato de cessão dos direitos expirou. Pajitnov acabou indo para os EUA em 91, com ajuda de Henk, onde criou uma empresa de desenvolvimento de software chamada Tetris Company, e em 96 foi para a Microsoft como designer de jogos.

Tetris está agora novamente pronto para se tornar um sucesso, em celulares e smartphones, dessa vez gerando receita para Pajitnov.


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