quarta-feira, 1 de julho de 2009
Este artigo foi publicado no Jornal O Progresso de Montenegro em 22/05/2009:

Música, computadores e videogames

Li aqui no Progresso semana passada sobre a possível organização de um torneio do jogo de videogame Guitar Hero e fiquei pensando sobre a evolução dos videogames, pois coincidentemente falei nesta coluna sobre os jogos de Nintendo (NES) 8 bits.

Naquela época os jogos lembravam - no máximo - desenhos animados. Suas músicas eram em formato MIDI, ou seja, uma representação digital dos sons dos instrumentos. O formato MIDI não suporta reprodução de voz, é como se o videogame ou computador “lesse uma partitura” e a reproduzisse com seu banco de instrumentos. Este formato foi muito usado recentemente nos celulares que suportam os chamados “toques polifônicos”.

Lembrei também que nesta época, além de jogar videogame, eu comecei a tocar violão e guitarra, pois sempre gostei de escutar música e prestava muita atenção nesses instrumentos. Tenho constatado que os adolescentes de hoje, em geral, também demonstram grande afinidade por esses elementos: música, computadores e videogames.

Hoje os videogames se assemelham a filmes e as músicas são em formato MP3 ou assemelhados, que reproduzem com fidelidade a gravação original, oferecendo uma experiência muito mais agradável. A interatividade também evoluiu bastante. Por exemplo, no jogo Guitar Hero que citei anteriormente, o jogador deve reproduzir a sequencia de “notas” enquanto toca ao fundo uma música, e é possível utilizar uma mini-guitarra para controlar o jogo no lugar dos controles convencionais. Há também o Rock Band, onde além da guitarra é possível tocar bateria, baixo e cantar!

Tenho visto relatos de campeonatos de Guitar Hero e Rock Band, onde centenas de jogadores se reúnem, é montado um palco - exatamente como em um show de rock, o jogo é projetado em um telão e o som rola nas caixas normalmente, como se uma banda estivesse tocando.

Já ouvi opiniões divergentes de músicos sobre esse jogo: Alguns acreditam que nada substitui o prazer de aprender um instrumento, tirar aquele som favorito, montar uma banda e se apresentar num palco. Realmente, eu posso falar que é uma sensação indescritível. Mas também temos que reconhecer que o Rock vinha perdendo seu espaço entre os jovens, sendo substituído por músicas eletrônicas, pagode, axé, sertanejo, emotional hardcore, etc., e estes jogos vem retomando o gosto por bandas que fizeram sucesso em décadas passadas e que muitas vezes os adolescentes nunca ouviram falar. Acabam conhecendo no jogo e ao ouvir no rádio em algum programa de clássicas do rock exclamam: “Esta música tem no Guitar Hero!”.

Na verdade, o que todos buscamos é diversão, e a tríade música + computadores + videogames é uma das formas que mais me atrai.


Site da semana: www.guitarhero.com e www.rockband.com

Frase da semana: “Se vi mais longe foi por estar sobre os ombros de gigantes” – Isaac Newton

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