terça-feira, 7 de abril de 2009
na primeira aula do MBA em Administração de TI da Unisinos que estou cursando assistimos ao filme "Ponto de Mutação" (Mindwalk, EUA, 1990), de Berndt Capra, irmão do autor do livro homônimo em português (The Turning Point, EUA, 1982), Fritjof Capra.


no filme, um artista, uma cientista e um político conversam sobre suas crises existenciais e a cientista, que na realidade é uma representação do próprio autor do livro, fala sobre a diferença entre o pensamento mecanicista (física newtoniana) e o pensamento sistêmico (física "moderna").

após assistir o filme, debatemos sobre as mensagens captadas:
no pensamento mecanicista representamos a natureza com matemática, raciocinamos de forma analítica, ou seja, decompomos o todo até que seja possível atacar a parte que apresenta o problema e depois remontar o todo.

esse tipo de pensamento apresenta grande sucesso para tratarmos de "coisas" que podemos ver, porém Einstein surgiu com a teoria da relatividade e a fisica quantica e "detonou" esse pensamento quando tratamos de outros fenômenos.

ainda observamos que o pensamento mecanicista defende uma ação intervencionista, ou seja, quando algo possui um problema, o corrigimos. o pensamento sistêmico atua na prevenção (ou mitigação, diminuição das consequencias) de possíveis problemas.

mecanicista = partes, objetos, hierarquias, quantidade, controle
sistêmico = todo, relacionamentos, redes, qualidade, cooperação

a mim, particularmente, chamou a atenção uma citação à célebre frase de William Blake, que deu origem ao nome da banda The Doors: "Se as portas da percepção fossem abertas, tudo apareceria ao homem tal qual o é: infinito". Jim Morrison frequentemente a citava.

no final do século XX a Administração também sente dificuldade de manter o pensamento mecanicista frente a crescente dinâmica e complexidade da realidade organizacional.
fonte: aulas e apostila "Modelagem e Pensamento Sistêmico" - Prof. Dr. Aurélio Andrade, Unisinos*


O pensamento "sistêmico" é uma forma de abordagem da realidade que surgiu no século XX, em contraposição ao pensamento "reducionista-mecanicista" herdado dos filósofos da Revolução Científica do século XVII, como Descartes, Bacon e Newton. O pensamento sistêmico não nega a racionalidade científica, mas acredita que ela não oferece parâmetros suficientes para o desenvolvimento humano, e por isso deve ser desenvolvida conjuntamente com a subjetividade das artes e das diversas tradições espirituais. É visto como componente do paradigma emergente, que tem como representantes cientistas, pesquisadores, filósofos e intelectuais de vários campos. Por definição, aliás, o pensamento sistêmico inclui a interdisciplinaridade.
fonte: wikipedia

O método sistêmico é um conjunto de passos sistematizados que nos leva a aplicar o Pensamento Sistêmico de maneira organizada, de modo que a cada passo se atinjam resultados que servem como entradas nos passos subseqüentes. Com a evolução do processo, aprofunda-se a aprendizagem sobre uma situação de interesse. Com o uso do método, mantém-se a direção nos objetivos intermediários e finais, mas alcança-se um subproduto maior: aprendizagem e desafio aos modelos mentais que impedem uma visão mais ampla e a sustentabilidade das soluções.

Os Níveis de Percepção
Como se construiu o método sistêmico? O método sistêmico é um instrumento constituído ao longo da história do uso do Pensamento Sistêmico em organizações. Ele está sendo moldado desde os tempos da formação do campo da Dinâmica de Sistemas.

Uma versão simplificada deste método foi apresentada por Senge em 1995. Chamado de Narração de Histórias, o método implicava a necessidade de um aprofundamento da percepção humana sobre a realidade. De acordo com esta idéia, a realidade é estruturada em camadas. Estas camadas requerem níveis diferenciados de percepção. Uma visão superficial só percebe as “pontas de iceberg” da realidade. Na medida em que adotamos atitudes e instrumentos mais elaborados de percepção, “mergulhamos” no entendimento desta realidade, até seus níveis mais essenciais.




Arquétipos (grego arché: principal ou princípio. é o primeiro modelo de alguma coisa.)

Filosofia
O termo "arquétipo" é usado por filósofos neoplatônicos, como Plotino, para designar as idéias como modelos de todas as coisas existentes, segundo a concepção de Platão. Nas filosofias teístas o termo indica as idéias presentes na mente de Deus

Psicologia analítica
Arquétipo, na psicologia analítica, significa a forma imaterial à qual os fenômenos psíquicos tendem a se moldar. C. G. Jung usou o termo para se referir aos modelos inatos que servem de matriz para o desenvolvimento da psique.
Eles são as tendências estruturais invisíveis dos símbolos. Os arquétipos criam imagens ou visões que correspondem a alguns aspectos da situação consciente. Jung deduz que as "imagens primordiais", um outro nome para arquétipos, se originam de uma constante repetição de uma mesma experiência, durante muitas gerações. Funcionam como centros autônomos que tendem a produzir, em cada geração, a repetição e a elaboração dessas mesmas experiências. Eles se encontram isolados uns dos outros, embora possam se interpenetrar e se misturar.


Modelos mentais são representações práticas de partes da realidade. São como modelos em pequena escala internos (na mente), os quais são usados para antecipar eventos, entender como as coisas funcionam, explicar o mundo etc. São basicamente representações mentais da realidade.

É importante entender que modelos mentais são aprendidos através da experiência do indivíduo, isto é, eles podem ser mudados, não são universais, nem inatos. São construídos principalmente pela experiência individual. Como os indivíduos estão inseridos em determinada cultura, os indivíduos desta cultura compartilham os mesmos ou semelhantes modelos mentais acerca de porções da realidade.

De forma geral, estas representações são distorcidas (mudamos a experiência), generalizadas (tomamos parte como o todo) e seletivas (omitimos partes da realidade). A representação nunca é igual ao representado, é sempre uma simplificação (não existe um mapa de escala 1:1), ou em outras palavras: "o mapa não é o território". Porém, embora a representação seja sempre simplificada, agimos na realidade, tendo estas representações como referências.


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*esta postagem é uma resenha de conteúdo de terceiros. os direitos dos trechos citados são reservados aos respectivos autores

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